DESCRIÇÃO

Apresentamos um pouco de nosso trabalho. Mas também buscamos reunir o excelente trabalho de vários arquitetos, designers, artesãos e afins. Agregar informação para referencia e tentando sanar duvidas. Todos que buscam dar conforto e chamar uma construção de lar.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Home Theater: Dicas, truques e soluções







Home Theater: Dicas, truques e soluções




por Alex dos Santos
Seja na avaliação de um TV ou de um receiver mais refinado, sempre há truques valiosos que podem fazer a diferença no desempenho do equipamento.
A seguir, relacionamos algumas dicas práticas experimentadas de nossa sala de testes, para que você consiga o melhor de seu sistema de áudio e vídeo.
TV
• Instalação – Ao instalar na parede, use uma trena ou fita métrica para o posicionamento correto. A mesma ferramenta pode ser útil para alinhar a tela; um "nível de bolha" facilita ainda mais o trabalho. A mania que o brasileiro tem de se garantir com uma instalação feita “a olho nu” muitas vezes traz consequências bizarras, como tela mais alta do que o normal (entre 1m e 1m20 do piso ao centro da tela) ou descaída para um dos lados. Caso não tenha providenciado uma tubulação específica para os cabos HDMI e outra para o fio de energia, há no mercado paineis de vidro ou madeira que organizam e ocultam toda a fiação, com resultado estético interessante.
• Ajustes – Brilho e contraste devem ser calibrados com o mesmo nível de iluminação que você terá na sua sala. Se fizer o teste em uma loja, descobrirá que qualquer TV é capaz de exibir pretos bastante convincentes quando há iluminação forte no ambiente. Essa falsa percepção motiva diversos consumidores (e até especialistas) a julgar determinado aparelho sem uma avaliação acurada. O ideal é manter configurações específicas para conteúdos diferentes, como filmes, esportes e shows. Filmes exigem o mínimo possível de iluminação. Quanto menos luz no ambiente, maior a nitidez das imagens, especialmente nas cenas escuras. O mesmo acontece em relação às cores, cujas nuances de tonalidade são melhor apreciadas em uma sala com iluminação controlada.
• Áudio – Nem sempre é conveniente assistir a telejornais e documentários em 7.1 canais, já que quase sempre são transmitidos em estéreo. Por outro lado, a espessura ínfima dos TVs atuais dificulta a colocação de falantes com diâmetro superior a 2”. Isso limita o alcance das frequências e normalmente resulta em distorções. Alguns TVs maiores trazem dois woofers traseiros para melhorar a reprodução nas médias e baixas frequências. Uma alternativa prática é a soundbar, que em geral vem com subwoofer ativo e transmite os diálogos com maior clareza que os falantes embutidos no TV.

SMART
• Velocidade – Conteúdos transmitidos via streaming por locadoras virtuais, como Netflix, requerem uma conexão de pelo menos 2MB para reprodução de imagens com resolução standard (480p) sem travamentos. Já no caso dos serviços que adaptam a resolução à velocidade da banda larga, é preferível uma conexão de 4MB para ver filmes em HD (720p/1080i). Em nossos testes, a conexão Wi-Fi do TV e do player teve velocidade semelhante à conexão via cabo de rede.
• Alcance – Com o roteador posicionado numa altura elevada e livre de objetos ao redor e de paredes densas (com azulejo), é possível captar o sinal de radiofrequência com mais amplitude. Caso a cobertura do sinal Wi-Fi seja ineficiente para todos os cômodos, pense na aquisição de repetidores e antenas de maior alcance – medidas em dBi.
• 5.1 canais – Quem possui assinatura de locadora virtual pode assistir a filmes com áudio Dolby Digital Plus 5.1. É o principal motivo da presença desse codec em quase todos os TVs com funções Smart. Modelos da Samsung trazem, inclusive, codec DTS-HD. Para facilitar, a maioria dos TVs smart contam com saídas digitais óptica e HDMI ARC (canal de retorno) para conexão direta com receiver.
RECEIVER
• Instalação – Um local com boa ventilação é primordial. Modelos tops de linha com construção Classe A/B e alta potência, por exemplo, costumam aquecer muito após longo período de funcionamento. Sem ventilação adequada, o circuito de proteção desliga o aparelho automaticamente. Não é raro o usuário se confundir no momento de conectar todas as caixas a cada canal do receiver, especialmente em sistemas de 7.1 ou 9.1 canais. Um truque que sempre funciona é pegar encostar os fios de uma caixa nos polos positivo e negativo de uma pilha comum. A caixa emitirá um ruído e você saberá a qual canal corresponde.
• Ajustes – Além de balancear e equalizar o som em todos os canais, a calibragem automática possibilita revisar a polaridade dos cabos. Já aconteceu conosco – e certamente com instaladores apressados – de  inverter os fios das caixas na ligação aos terminais do receiver. A maioria destes privilegia a reprodução musical em detrimento dos processamentos de áudio e vídeo, como Pure Audio ou Pure Direct. Em geral, o circuito de vídeo é desligado e o sinal passa a ser by-pass, ou seja, apenas amplificado para as caixas acústicas. Esse recurso é capaz de melhorar significativamente a relação sinal/ruído e tornar imperceptíveis os chiados de fundo, provenientes de outras fontes, durante a reprodução de CDs, músicas em iPod ou celular.

CAIXAS ACÚSTICAS
• Instalação – Só é possível extrair o melhor equilíbrio tonal de uma caixa se estiver instalada em local rígido e estável. As torres devem sempre ser apoiadas no piso. Embora caixas compactas ou bookshelf permitam posicionamento em racks ou estantes, não é raro encontrar ressonâncias na estrutura do móvel, prejudicando a definição dos graves. Quando instaladas sobre pedestais com spikes em carpetes, ou pés de borracha em piso frio, as bookshelf proporcionam melhor controle de médias e baixas frequências e palco sonoro. Os principais fabricantes fornecem tiras de velcro para manter a caixa segura no pedestal e evitar acidentes. Pode-se ainda combinar mármore ou granito com uma fina camada de borracha sobre a base superior do pedestal. Objetivo: dar mais solidez à estrutura e dissipar as vibrações.
• Posicionamento – A busca do palco sonoro, a sensação de estar de frente para o palco de uma casa de espetáculos, passa por equipamentos de boa performance, geometria da sala e o posicionamento correto das caixas no ambiente. O palco traduz uma sensação de tridimensionalidade, com largura, altura e profundidade. O primeiro passo é afastar as caixas frontais uma da outra até 2m; distâncias superiores podem comprometer o efeito estéreo.
Para o ganho na altura do palco, é essencial que o tweeter esteja na mesma altura dos ouvidos de uma pessoa sentada, fazendo parecer que o cantor está em pé a sua frente. Já a profundidade se dá ao aproximar as caixas esquerda e direita, ou incliná-las ligeiramente para a posição de audição, ajuste conhecido como toe-in. O palco pode ser prejudicado se as caixas estiverem próximas das paredes laterais: os graves são acentuados devido ao ganho de alguns decibéis, causado pelas reflexões prematuras das ondas sonoras. Em nossa sala, resolvemos esse problema mantendo as caixas a 1m das paredes.
• Subwoofer – Situação similar ocorre com o sub, já que as baixas frequências tendem a ser reforçadas quando a caixa é instalada no encontro entre duas paredes.
Certos fabricantes recomendam esse posicionamento, mas nem sempre se pode seguir. Com o subwoofer localizado na área central, há maior sintonia com as caixas frontais e os graves se dispersam de maneira mais uniforme em todas as direções. Esses fatores reduzem as ondas estacionárias e favorecem a reprodução musical.

CABEAMENTO
• Ao instalar as caixas acústicas, tenha em mente que o cabo de cobre (desencapado apenas na área de contato) é a melhor forma de garantir a condutividade elétrica entre caixas e receiver (ou amplificador). Mas, com a ação do tempo, especialmente em regiões litorâneas, a oxidação é mais acelerada nos cabos sem a proteção do PVC, mesmo que sejam de alto grau de pureza. Adeptos do “faça você mesmo” não se incomodam em limpar constantemente as conexões e cabos dos aparelhos. Já a maioria, uma vez instalados os aparelhos, só voltará a ver o painel traseiro do receiver se houver uma manutenção ou upgrade. Para esses casos, aconselha-se o uso de conectores com banho de ouro dos tipos espada “U” ou banana; este é mais usado em receivers devido ao limitado espaço entre os terminais de caixas.
Isso ajuda na longevidade do cabo, prevenindo contra a ferrugem, com melhor acabamento e agilidade nas instalações – particularmente útil para instaladores. Todos os fabricantes de cabos oferecem esses acessórios, que podem ser montados por meio de solda, rosqueamento, pressão ou crimpagem.
• Emendas – Especialistas concordam que esse procedimento não é recomendado em cabos de caixas frontais. Mas há instalações onde é necessário realizar emendas nas caixas traseiras. Se a diferença for de poucos centímetros entre caixas e receiver, não vale a pena inutilizar o cabo. Caso você não se sinta seguro, peça a um técnico de confiança que faça uma emenda curta, usando cabo de diâmetro igual (nunca menor) e com a mesma construção. Em seguida, aplique uma fina camada de solda (melhor se for com pequeno teor de prata). Para finalizar, isole a parte externa da emenda com tubo termo-retrátil para proteção e acabamento.
ENERGIA ELÉTRICA
• Condicionador – Além de proteger equipamentos contra surtos e picos de tensão, que podem chegar a milhares de volts, esses aparelhos atenuam ruídos de interferências eletromagnéticas (EMI) e de radiofrequência (RFI). Regiões com grande concentração de antenas de telefonia e emissoras de rádio ou TV são mais suscetíveis a RFI. Já recebemos vários relatos de leitores que afirmam ouvir estações de rádio reproduzidas pelo sistema de áudio ou no subwoofer. É importante que o condicionador esteja devidamente ligado ao terra e centralizado no móvel, para abastecer todos os eletrônicos do sistema, inclusive o subwoofer; muitas pessoas esquecem esse detalhe. Se a caixa estiver longe, providencie uma extensão (com condutores de 3x1mm2) ou troque o cabo da caixa por outro de maior comprimento.
• Isolador – Usuários de TV a cabo costumam se deparar com um ruído de baixa frequência que pode ser ouvido durante a reprodução de um CD ou Blu-ray. O “loop de terra” ocorre com a circulação indevida de corrente através do aterramento. Para quem mora em apartamento e tem limitações de reformas, um acessório chamado isolador, usado junto com o condicionador de energia, separa fisicamente a rede elétrica de entrada e de saída – entre fase e neutro – com a finalidade de eliminar esse tipo de ruído.

ACÚSTICA
• Salas com grandes vidraças e piso frio dificultam a difusão e a dispersão das ondas sonoras. Ao contrário: refletem o som (eco), extinguem o palco sonoro e intensificam os sons mais agudos. Não deixe de usar cortinas, tapetes, carpetes, quadros e móveis ou prateleiras com livros.

ILUMINAÇÃO
• Além de decorativa, a ideia de instalar lâmpadas dicroicas, especialmente de led, sob o forro de gesso ilumina a parte atrás do móvel onde estão os equipamentos. A tarefa de conectar um novo aparelho ou fazer uma limpeza nos conectores do receiver pode ser mais fácil com essa iluminação direta. Deve-se, no entanto, ficar atento ao controle individual das lâmpadas para que a luz não incida sobre a tela.

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