INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ANTIGAS REQUEREM REVISÃO
Conta de luz pode subir em virtude da falta de manutenção que pode causar curto circuito e fuga de tensão que geram o aumenta a conta de luz |
Revisar as instalações elétricas antigas é fundamental e, para garantir a segurança, os projetos devem seguir as especificações da NBR 5410
Uma avaliação nos circuitos elétricos de imóveis antigos mantém a segurança e o bom funcionamento dos equipamentos
Em todo o Brasil, existem muitas pessoas que moram em imóveis construídos há décadas. Algumas residências chegam a ser cinqüentenárias. Nestes casos, mesmo que a estrutura predial tenha uma aparência adequada e sem apresentação de trincas nas paredes, existe a necessidade de se efetuar uma revisão nas instalações elétricas, visando manter principalmente a segurança do usuário e o bom funcionamento dos equipamentos.
Revisar as instalações elétricas antigas é fundamental porque, além do envelhecimento natural do material utilizado na isolação dos condutores elétricos, no passado tanto o chuveiro como outros equipamentos tinham potências menores do que as atuais; além disso, poucos eram os consumidores que utilizavam freezers, máquinas para lavar louças, microondas, ar-condicionado, aquecedores, entre outros. “O cobre não envelhece, mas é possível que num imóvel antigo sua capacidade de transmissão de energia não esteja adequada às necessidades dos atuais padrões de vida, portanto ao que ligamos nos circuitos elétricos”, explica Nelson Volyk, gerente de engenharia e qualidade da SIL – empresa que fabrica fios e cabos para instalações elétricas com tensões de até 1 kV (baixa tensão).
Aparelhos podem estragar sem manutenção periódica das instalações elétricas |
Ele lembra que um consumidor, mesmo leigo, consegue visualizar falhas no sistema hidráulico de uma residência, através de vazamentos ou umidade nas paredes. “Agora, no caso da instalação elétrica, não é possível notar os defeitos. Muitas vezes o problema só é identificado quando ocorre o desarme freqüente de um disjuntor ou algo mais grave, como um curto-circuito”, adverte Volyk. Segundo o gerente da SIL, também não é possível saber quando há uma fuga de corrente elétrica ou aquecimento, pois o condutor está dentro do eletroduto. “Se o fio ou cabo elétrico não for condizente com a seção nominal mínima (mm2) para ligar um equipamento elétrico haverá uma sobrecarga e, conseqüentemente, elevação da temperatura de operação do condutor até desarmar o disjuntor. Mas se o disjuntor não estiver de acordo com o condutor elétrico ou se apresentar falha em seu funcionamento, isso ocasionará o ressecamento da isolação (capa) do fio ou cabo e uma menor vida útil da instalação elétrica”, resume.
Adequação às normas exige profissional qualificado
Atualmente, os projetos de instalação elétrica de baixa tensão no Brasil devem seguir as especificações da NBR 5410 (sobre Instalações Elétricas de Baixa Tensão), uma norma técnica da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnica). “Ela define as regras que nos proporcionam a segurança”, ressalta o gerente da SIL. A norma traz informações fundamentais para um bom projeto, dentre as quais estão: capacidade de transmissão de energia dos condutores; seção mínima dos condutores para o circuito de iluminação e de tomadas; padronização de cores; utilização do disjuntor, do dispositivo DR que reduz o risco dos choques; e quantidade máxima de condutores nos eletrodutos. Ao seguir as orientações da norma, é possível evitar problemas como choque elétrico, curto-circuito, aquecimentos indesejáveis, e desperdício ou falta de energia elétrica causados por falhas de projeto.
Para se ter uma boa instalação num imóvel antigo é preciso que a mão-de-obra contratada esteja qualificada. “Mesmo para projetos considerados pequenos, é imprescindível a presença de um projetista, para o correto dimensionamento dos circuitos, e um eletricista para sua execução. Somente profissionais qualificados estão aptos a alterar ou incluir equipamentos elétricos de alto consumo de energia num projeto. A energia elétrica não é visível como a água, mas é perigosa. Reformar uma instalação elétrica antiga não é custo, é segurança”, conclui Volyk.
Da Redação
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