DESCRIÇÃO

Apresentamos um pouco de nosso trabalho. Mas também buscamos reunir o excelente trabalho de vários arquitetos, designers, artesãos e afins. Agregar informação para referencia e tentando sanar duvidas. Todos que buscam dar conforto e chamar uma construção de lar.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Informática para Arquitetos | aU - Arquitetura e Urbanismo

Informática para Arquitetos | aU - Arquitetura e Urbanismo



Artigo

Informática para Arquitetos

Escritórios
Informática
Software

Edição 82 - Fevereiro/1999

Está cada vez mais fácil dialogar com os computadores. Com a proliferação dos softwares CAD (Computer Aided Design) específicos para arquitetura e a tendência para os programas de desenho orientado a objetos, cresce a a necessidade de adequação dos escritórios às novas ferramentas, cada vez mais específicas para o antigo profissional da prancheta.Tão específicas que chegam a gerar dúvidas sobre qual a melhor plataforma para o dia-a-dia do arquiteto. O Macintosh, criado especialmente para as artes gráficas e com maior definição visual, ou o PC, líder de mercado e por isso mesmo mais conectável aos computadores dos clientes?
Em seu escritório, em São Paulo, o arquiteto Carlos Bratke trabalha com um PC, mas usa um iMac em casa, para experimentar se vale a pena mudar o sistema. "A maioria dos arquitetos e engenheiros civis usam PC, então se houver a possibilidade de diálogo entre os dois, pode ser que o Mac conquiste o mercado de arquitetura. Por enquanto, não quero me arriscar". Bratke conta que em 1990 esteve nos EUA para ver qual sistema seria mais interessante e notou que os maiores escritórios do país, que trabalhavam com PC, estavam substituindo por Macs. "Mas com os atuais avanços do PC, os dois se equivalem. Apesar de a resolução do Mac ser melhor, o PC tem mais programas. E sairia caro substituir todo o sistema em meu escritório, algo em torno de US$ 250 mil", completa.
"O Macintosh é uma solução muito específica e o mundo inteiro desenvolve soluções para o Windows", considera o diretor da Pini Sistemas, José Pires Alvim Neto. Segundo ele, para o Mac ter sucesso absoluto, algumas barreiras precisam ser vencidas, como a resistência do usuário final. "O arquiteto não costuma ser especializado em informática, mas não pode desprezar o que acontece no mercado", avalia Pires. "Na Pini todos os aplicativos estão na rede de PC e desenvolvemos software para a rede. No PC há mais liberdade para escolher o tipo de configuração tanto de software como de hardware."

A SEDUÇÃO DA COR
Precursor da utilização do Mac em projetos de arquitetura, Roberto Candusso não teve problemas com assistência técnica: aprendeu na prática a solucionar problemas do computador. "Uma característica do Mac é ser fácil de mexer", considera seu filho, Renato, responsável pela área de informática da Roberto Candusso Arquitetos Associados. A assistência técnica do Mac só chegou, efetivamente, há seis anos. Em 1984, no lançamento mundial do Macintosh, quando nem havia cor em computadores, Candusso trouxe o novo computador para experimentar, e nunca mais abandonou o Mac. Seu escritório é totalmente informatizado e funciona em rede. "Usamos o MiniCad, mas estamos sempre dispostos a mudar; experimentamos todas as novidades", completa Renato.
Muita coisa mudou nesses 15 anos. O grande lançamento da Apple na Feira de São Francisco, em janeiro deste ano, foi o computador iMac, que já é o recordista de vendas da marca. O diferencial é o design, com cores e formas nunca usadas em um computador. "Profissionais de criação, como o arquiteto ou designer, gostam de se destacar e computadores iguais, da mesma cor, padronizam o ambiente", considera Davi de Oliveira, da Cad Technology, representante da Apple. Mas, para Renato Candusso, usuário do Mac desde menino, justamente por fugir do padrão, a cor pode atrapalhar. "Para uma agência de publicidade é ótimo. Mas para um engenheiro, que entra em um escritório de arquitetura e encontra computadores laranja ou roxo, pode parecer estranho."

CRIATIVIDADE
Limão, laranja, uva ou maçã, não importa o "sabor", Carlos Bratke olha pela janela iluminada à sua frente e avalia que o computador tem grandes vantagens sobre as pranchetas e na realização do desenho está a maior delas. Não é mais preciso treinar os estagiários, que só precisam aprender a trabalhar com o AutoCad. "Antes era preciso até dar aula de caligrafia", conta o arquiteto. Mas mesmo com a facilidade dos programas padronizados, a criatividade é fundamental para
bons desenhos e resultados. "Corre-se o risco de cair no excesso de padronização. Um arquiteto que queira ter menos trabalho pode ir armazenando detalhes e repeti-los sempre e não tentar mais criar", completa Bratke.
Assim, nada mais coerente do que preparar desde já os profissionais do futuro. De olho nesse filáo, a FAU-USP, implantou o programa Pró-Reitoria de Recuperação de Salas de Aula, coordenado por Giancarlo Gasperini e Júlio Maia de Andrade. Uma equipe de estagiários/bolsistas utiliza oito PCs em uma linha de trabalho sistematizada. "Hoje, não basta saber operar o software de arquitetura. É preciso saber infor-mática. O programa é totalmente voltado para a prática e os alunos têm contato com arquitetos conhecidos, que dão aula na FAU", explica o bolsista Noberto Nakeyama. "Preferimos o PC porque o Mac era inacessível para trabalhar em casa", conclui
Ninguém nega os ganhos de desempenho e produtividade proporcionados ao trabalho do arquiteto pelos computadores. Mas, como em todas as outras áreas, é difícil decidir sobre a plataforma mais adequada. A pergunta é:
BITS

Foi Lançado o CD-Rom Arquitetura da Paisagem, contendo mais de 2 mil imagens de projetos de parques, praças e jardins. No total são cerca de 100 projetos, em mais de 50 cidades brasileiras, resultado da pesquisa realizada pelo arquiteto Jonathas Magalhães em conjunto com o eng. Ricardo Gazoni e equipe. As imagens compõem o acervo do professor Sílvio Soares de Macedo, da FAU-USP. Para mais informações, contate a Semiotic Systems, e-mail: semiotic@uol.com.br.

Outra novidade da Pini é o software Strato 5.0, dirigido à área administrativa de construtoras e incorporadoras. Com o módulo de Suprimentos pode-se controlar todo processo de compras, da solicitação à entrega do material no canteiro, enquanto o Controle de Estoque permite otimizar a administração de materiais na obra. O módulo Comercial controla todo o processo de vendas, com a vantagem de poder utilizar imagem e vídeos gerados pelo software de arquitetura ArCon. Dois outros módulos completam o pacote: o Financeiro e o de Gestão de mão-de-obra.

A Pini está lançando a versão 5.0 do software Volare, para elaboração de orçamentos de obras. Como novidades, o Volare 5.0 tem novos recursos gráficos para impressão de relatórios, uma planilha que permite a descrição completa do item, sem limite de caracteres e recursos de integração com o Microsoft Excel. Assim, agora é possível ler no Excel qualquer planilha desenvolvida no Volare.

E já está disponível a versão 3.04 do ArCon básico, Plus e 3DS. Além de contar com uma nova tradução do software - totalmente revisada e aprimorada - essa nova versão inclui os seguinte recursos: comunicação com o ProCad 7.6; cortes e fachada automática; iluminação por coordenadas geográficas; detalhamento de telhados e águas-furtadas; customização da topografia do terreno; rotação de objetos nos eixos X-Y-Z e novos objetos e texturas. Informações: tel (011) 224-8811 ou no site www.pini.com.br.

Um ótimo site para pesquisas sobre Arquitetura na Internet é o Great Buildings (www.greatbuildings.com), que contém dados históricos e links sobre obras de arquitetura de todo o mundo. Há modelos em 3D, fotos e dicas sobre livros de arquitetura em vários idiomas.
VOCÊ DECIDE
Vantagens e desvantagens de cada plataforma


É fácil encontrar assistência técnica
Trabalha em rede.
Maior liberdade de escolha para a configuração
Além dos programas de desenho, pode operar softwares de apoio administrativo
Pode receber placas adicionais, melhorando a configuração básica


Processa mais rapidamente as informações, tem mais memória e maior definição. Mas o PC está superando essa diferença
É a plataforma mais tradicional para a área de artes visuais
Trabalha em rede
Assistência técnica fácil em grandes cidades. Quanto menor a cidade, menores as chances de encontrá-la
Não dispõe de uma série de programas, como os softwares administrativos
Maior qualidade para imagens de pôster
Por ser um sistema fechado, as mudanças na configuração são limitadas
Fonte: Prodesp-Processamento de Dados do Estado de São Paulo
ADRIANA MENDES
Fontes consultadas para elaboração desta matéria: Sucesu (ruibueno@sucesusp.com.br); Marcelo Romero (FAU-USP), tel. (011) 813-3209/4538; Roberto Candusso (renato@candusso.com.br), tel. (011) 853-8633; José Pires Alvim Neto (Pini Sistemas software@pini.com.br); Carlos Bratke, tel. (011) 5505-2344; Davi Oliveira (cadtech@macbbs.com.br), tel. (011) 829-8257.

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