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Conheça os estilos de casas em alta
A história da arquitetura remonta à Antiguidade e compreende vários movimentos que conceituam o arquitetônico de maneiras diferentes, muitas vezes antagônicas. Engana-se, porém quem acredita que não houve misturas, mesclas e assimilações de características entre as diferentes escolas ou movimentos.
Por isso, geralmente as construções apresentam elementos de variados estilos arquitetônicos, em maior ou menor proporção. Hoje em dia, essa situação é bastante comum, mas ainda assim é possível se reconhecer os estilos predominantes nas casas e outras edificações.
Alguns estilos são atualmente bastante populares, como o contemporâneo, o colonial, o mediterrâneo, o minimalista e dois estilos muito comuns no Reino Unido, o cottage e o Tudor. Vamos apresentar cada um deles no artigo a seguir para que você possa se inspirar, caso esteja planejando construir uma casa.
A arquitetura contemporânea é considerada a produzida depois da pós-modernidade nos anos 1980 e inicio de 1990 até os dias atuais. A arquitetura desenvolvida no Brasil neste período até os dias de hoje apresenta o reaparecimento de linguagens de projetos fortemente comprometidas com uma retomada do racionalismo, com tendências minimalistas. Por outro lado, verifica-se uma busca de ideias e soluções mais voltadas à questão do conforto ambiental, aliada aos processos de racionalização da construção.A arquitetura atual não tem uma linguagem única e cada corrente faz parte de um conjunto, que fazem uma reinterpretação da arquitetura do passado, seja através da releitura do significado que os elementos desempenhavam ou dos próprios estilos da arquitetura. A casa acima, um projeto de João Diniz Arquitetura, aborda de maneira orgânica, quase primitiva, a questão de se abrigar pessoas por poucos dias numa paisagem de montanhas, matas e cachoeiras. O nível térreo aparece como prolongamento do exterior, espaço de convívio e festas. Em cima, o nível do ar, surge como espaço de contemplação, mais íntimo, de onde se observa a paisagem. O projeto inicialmente imaginado em estrutura de eucalipto e cobertura vegetal sofreu adaptações tecnológicas e foi executado em estrutura mista em tubos metálicos e alvenaria, piso em madeira e cobertura em telhas metálicas termo-acústicas.
No Brasil, a arquitetura colonial é definida como aquela realizada no território nacional desde 1500, ano do descobrimento pelos portugueses, até a independência, em 1822. Durante o período colonial, os colonizadores importaram as correntes estilísticas da Europa à colônia, adaptando-as às condições materiais e socioeconômicas locais. Encontram-se no país edifícios coloniais com traços arquitetônicos renascentistas, maneiristas, barrocos, rococós e neoclássicos, mas a transição entre os estilos se realizou de maneira progressiva ao longo dos séculos e a classificação dos períodos e estilos artísticos do Brasil colonial é motivo de debate entre os especialistas. As casas coloniais eram construídas para oferecer um ambiente muito acolhedor para toda família, com sala de estar e sala de jantar na parte da frente, quartos e cozinha no fundo do imóvel. Outra característica marcante dessas casas era sua fachada com colunas na frente da entrada, janelas com persianas e telhados amplos, que permitiam o escoamento da água da chuva em várias direções. Aliás, uma das características mais clássicas de uma fachada de casa colonial é o formato dos telhados, que lembra muito os grandes casarões antigos, e possuem diversas faces para deixar toda água escoar com mais facilidade.
A arquitetura cottage é um termo amplo que abrange uma variedade de habitações. Entre elas estão o inglês, o francês, o alemão, o americano, o da Califórnia, o crioulo, o de praia e casas modernas. Cottages são edifícios de um andar que muitas vezes têm um telhado de quatro águas (mas é possível ter construções com dois andares). Em uma casa de campo, a metragem quadrada total é limitada, como é o espaço interior. O teto pode ser aberto ou pode conter um loft de dormir. Cottages geralmente são casas de campo, geralmente pequenos e rústicos. O material do telhado também pode variar. Na Inglaterra ou Holanda, pode-se encontrar telhados de palha, enquanto uma casa crioula pode ter metal corrugado em uma moldura de duas águas. Em lugares como a Dinamarca, telhas de barro vermelho são o material mais comum para os telhados. Casas mais antigas podem ser construídas sobre uma base de pedra ou tijolo, enquanto em um estilo moderno, o cottage pode ser colocado sobre uma laje de cimento. Outra característica comum em uma pequena construção cottage são vigas de telhado abertos e expostos. Os adobes naturais ou argamassas de cal são uma maneira de tirar proveito de materiais naturais nas paredes exteriores ou interiores. A madeira também vai bem qualquer parede exterior ou interior. Os pisos internos e as passarelas ao ar livre ficam bem com laje, tijolo ou barro.
O minimalismo é mais um conceito do que um estilo. Ele não tem um estilo definido, mas uma estética que recebe influência de todos os tipos. Os primeiros indícios de um desenho mais simples, aplicado aos espaços residenciais e ao mobiliário, surgiram no século XX, com um movimento de grande importância chamado novo realismo e que mais tarde acabou conhecido como Escola de Bauhaus. O minimalismo é uma tendência sóbria e austera que se caracteriza por construções com poucas linhas, esplêndidas por sua simplicidade de formas e limpeza de materiais. “Menos é Mais” é o grande princípio do minimalismo, com cores pouco chamativas e ambientes amplos e despojados, onde se evita explicitamente um excesso de ornamentação. A intenção é criar espaços tranquilos, harmônicos e funcionais, livre de detalhes irrelevantes e objetos desnecessários Em outras palavras, a arquitetura minimalista se apresenta como forma elementar e espacialidade pura sem detalhes e adereços, em que se privilegia o neutro e se gerencia antes o simples do que o complexo. O minimalismo não se refere necessariamente à utilização de poucos elementos, mas busca destacar o que realmente é fundamental. Ele se caracteriza pela valorização de elementos essenciais como a luz e a sua incidência nos volumes e nas massas que compõem os edifícios e configuram o seu espaço, desenho e estruturas. No conceito de simplicidade em ambientes como salas e quartos impera a combinação do branco com cores intensas como o preto ou vermelho, além da utilização de matérias primas naturais como os sintéticos de produção high tech.
A arquitetura mediterrânea faz pensar em construções atemporais, puras e essenciais, encontradas nas ilhas gregas, na costa espanhola, na costa amalfitana, na Itália, assim como em Capri e nas costas da Tunísia e da Libia e até em Tel Aviv.A importância da arquitetura mediterrânea se manifesta nesse caráter único nas edificações espontâneas ligadas ao mundo agrícola e também nas construções de vilarejos históricos, como sugestão para uma linguagem contemporânea. As características do estilo mediterrâneo aparecem em mansões próximas ao mar e em casas cilíndricas de telhado cônico, como em Puglia, na Sicília. Este tipo de arquitetura apresenta enormes salões brancos abertos em geral com pé direito duplo, voltados para amplos terraços ou jardins, alguns marcados pela presença de longos bancos de alvenaria. As cozinhas são revestidas com as mais belas cerâmicas maiólicas ou artesanais. Alias, estas ultimas, quase sempre recuperadas de residências em demolição ou no mercado vintage, podem ser consideradas essenciais ao estilo mediterrâneo, mesmo quando de fabricação recente. Esse estilo é fruto de uma interpretação do interior com o exterior, com pátios e terraços amplos sobre os quais se abrem as áreas internas, além de coberturas que são mirantes para a paisagem, da qual a construção é sempre parte integrante. Também se encontram pedras, formas geométricas, varandas e, hoje, tecnologias divisórias de vidro, sempre voltadas poeticamente para o mar, esteja ele longe ou perto.
Uma casa em estilo Tudor geralmente tem uma fachada bastante típica. Ela é pintada de branco (ou uma cor que se aproxime muito do branco) e de marrom claro, assim como as casas dos camponeses e até alguns castelos ingleses da época medieval. Atualmente há muitos materiais sintéticos que imitam a textura modelada usada antigamente, quando as casas eram feitas de argila ou gesso. Elas também possuem detalhes feitos com pedras intrincada ou tijolos. Há grandes frisos de madeira em marrom escuro que podem atravessar todas as partes da casa, valorizando o estilo. A imponência da arquitetura da época medieval também aparece em grandes portas de entrada ou de garagem. Geralmente elas são feitas de madeiras pesadas e podem incluir detalhes em ferro forjado de cor preta, incluindo batentes e dobradiças. O efeito é surpreendente e combina com o restante do estilo da casa. Atualmente é possível imitar uma casa de estilo Tudor usando bons materiais e madeiras que são apropriadas para isso. Entre as características mais importantes da arquitetura Tudor estão a decoração enxaimel, o telhado acentuado, as empenas em cruz, as portas e janelas altas e estreitas, as pequenas janelas de vidro e as grandes chaminés, muitas vezes cobertas com vasos decorativos.
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