ArquitraçoBrasil
Modernismo Brasileiro
As velhas formas e os velhos sistemas já fizeram sua época. É mister que o artista crie alguma coisa de novo e que consiga maior fusão entre o que é estrutura e o que é decoração; para conseguir isto o artista deve ser também técnico; Para conseguir isto o artista deve ser também técnico; ma só mente inventiva e não mais o trabalho combinado do artista que projeta e do técnico que executa. Rino Levi
CONTEXTO HISTÓRICO
A arquitetura moderna no Brasil emerge em uma época de contradições e ambigüidades políticas: foi o período de Vargas a Kubistchek, do rádio a televisão, do Rio de Janeiro até vésperas do concurso de Brasília, entre tantas outras.
O governo de Getúlio Vargas desejava deixar sua marca nas formas da capital federal e decide então construir palácios para abrigar os ministérios e órgãos públicos. Essa decisão foi de extrema importância, pois na época, as empresas e elites só adotavam um estilo depois que ele tivesse sido testado em obras públicas. Aliado a isso temos o fato de que na Europa, a crise econômica relacionada a II Guerra Mundial não abria oportunidades para os arquitetos modernos (Le Corbusier, Donat Agache e Marcello Piacentini), que vieram até o Brasil estabelecer relações com o Estado.
Nesse cenário nasceu o primeiro aranha-céu modernista do planeta: O Ministério da Educação, que teve como ideólogo principal o arquiteto modernista brasileiro Lucio Costa e a consultoria de Le Corbusier.
O Ano de 1922
O ano de 1922 marcaria as comemorações do Centenário da Independência, efeméride que, pela sua natureza, exaltava os sentimentos de nacionalismo já despertos durante a Guerra de 1914.
Alguns episódios marcaram definitivamente aquele ano: em fevereiro, a Semana de Arte Moderna, em São Paulo; o heróico episódio dos 18 do Forte, em julho, na praia de Copacabana; a Exposição do Centenário, em setembro, na Capital Federal. Três fatos aparentemente distintos, geralmente abordados apartadamente pela história oficial, porém com um definitivo ponto em comum: o sentimento de brasilidade.
Por mais atraente que seja a fábula de uma Semana de Arte Moderna demolidora, provocante, catalisadora de rupturas, uma simples observação à temática expressa nas obras principais revelam uma profunda preocupação com a atitude de “ser nacional”, “tupi or not tupi”, como escreveria Oswald de Andrade no seu manifesto de 1928.
Contando com formas de representação inovadoras para a linguagem acadêmica nacional, nos campos da pintura e escultura, a arquitetura representada na semana oscilou entre um indefinido neocolonial , produzido por Pzyrambel, e uma produção vinculada à arte pré-colombiana, em projetos de Moya, semelhantes a algumas obras de Frank Lloyd Wright
CARACTERÍSTICAS
No mundo o Movimento Moderno foi “liderado”por arquitetos como Vies Van Der Rohe, Frank Loyd Right, Oscar Niemeyer e o Suiço Charles-Edouard Jaenneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier. Este último desenvolveu uma teoria acerca do modernismo, na qual se destacam os 5 pontos da arquitetura modera, chadados de 5 pontos de Le Corbusier. São eles: 1) Pilotis; 2) Terraço Jardim; 3) Planta livre; 4) Janela em fita; e 5) Fachada livre. Alguns desses 5 pontos são claramente notados no Ministério da Educação, um edifício projetado por Lucio Costa com a consultoria de Le Corbusier ( ajudado por uma equipe de profissionais como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira, Burle Marx e Portinari ) no Rio de Janeiro.
Projetado por uma equipe de arquitetos composta por lucio costa, Carlos leão, Oscar niemeyer, afoonso Eduardo reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge machado moreria sob consultoria de Le corbusier. Construido em 1936 ele é considerado marco da arquitetura moderna brasileira. O edifício segue as recomendações de Le corbusier: o uso de pilotis – com o conceito de permeabilidade dos pedestres no térreo, a vedação do edifício é feita por cortinas de vidro, sendo utilizado brise-soleil – horizontais e verticais – para evitar a incidência direta de radiação solar na fachada norte, fachada-livre, planta-livre e o terraço-jardim.
A idéia principal que o edifício passa é a leveza , além da imponência e da inovação dos materiais utilizados.
ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL
O Brasil foi um país inovador ao desenvolver a arquitetura moderna, isso permitiu que o Brasil fosse mundialmente reconhecido. Um dos responsáveis por este reconhecimento foi o arquiteto Oscar Niemeyer.
Destacamos algumas obras de grande valor cultural e patrionial de nosso país.
Foi a primeira obra do conjunto da Pampulha e também foi influenciada pelas idéias de Le corbusier. Foi criada para ser um cassino, mas em 1946, por causa da proibição dos jogos no país foi fechado e só voltou a ser aberto em 1957 como museu de Arte.
Os jardins foram projetados por Burle Marx. Sua forma é assimétrica. Na parte da frente apresenta linhas retas enquanto no encontro da edificação com o lago da Pampulha o edifício apresenta formas orgânicas, com linhas mais sinuosas.
Catedral da Pampulha
É a obra mais importante do conjunto da Pampulha e também uma das mais importantes de Oscar Niemeyer. Foi o ultimo prédio do conjunto a ser inaugurado, em 1943.
Acopladas a Catedral há diversas obras de Candido Portinari, entre elas a via sacra e um painel que retrata são Francisco de Assis e ao seu lado um cachorro representando um lobo. Esse foi o motivo pelo qual as autoridades eclesiásticas não permitiram a consagração da capela, estando esta fechada por aproximadamente 14 anos.
Hoje a Igreja da Pampulha é um dos principais cartões postais da cidade de belo horizonte e é tombada pelo IPHAN, pelo IEPHA/MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e também pela Gerencia do patrimônio Municipal de BH.
Casa das Canoas
Esta casa foi construída em 1953 para ser morada do próprio arquiteto. É uma bela obra em que prevalecem as formas sinuosas. A casa se acomoda as rochas e sobre a vegetação natural, contornando os obstáculos naturais.
Vale lembrar que essa casa é única, não pode ser multiplicável, e por isso foi duramente criticada por arquitetos internacionais.
Em 2007 a casa foi tombada pelo IPHAN e hoje funciona como espaço cultural mantido pela fundação Oscar Niemeyer.
Edifício Copan
O Copan é um dos mais importantes e emblemáticos edifícios de São Paulo. Seu formato sinuoso, seus 115 metros de altura e 35 andares o tornam a maoir estrutura em concreto armado do Brasil. O projeto foiapresentado por Niemeyer em 1951 para as comemorações do IV centenário da cidade de São Paulo.
MASP
O MASP foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi em 1947. A prefeitura de São Paulo fez algumas exiggências que deveriam ser respeitadas, tais como preservar a vista do centro da cidade e da Serra da Cantareira (através da Av. 9 de Julho), além disso exatamente em baixo do MASP encontra-se uma linha de metrô, fato que dificulta algumas decisões de projeto. Esses fatos justificam a forma inusitada e a tecnologia construtiva utilizada por Lina: todo o corpo do prédio é apoiado sobre quatro grandes pilares de concreto protendido, liberando um vão de cerca de 74 metros.
Casa de Vidro
MAM
Este é um dos mais importantes museu do cenário cultural brasileiro. Localizado no Rio de Janeiro, o edifício segue a linha da arquitetura racionalista brasileira, tendo como características a modulação dos pilares, locação de dois pilares em uma única sapata, fachada envidraçada protegida por brises verticais e horizontais, além da planta livre e o térreo livre permitindo maior permeabilidade para os pedestres. O MAM é projeto do arquiteto Affonso Euardo Reidy.
O MODERNISMO DE BRASÍLIA
Catedral de Brasília
Congresso Nacional
O URBANISMO DE BRASÍLIA
O Plano Piloto, como ficou conhecido o desenho da cidade-capital, partiu de uma concepção muito simples: dois eixos principais em cruzamento – residencial e monumental. No eixo vertical, conhecido como eixo monumental, em sua parte leste estão localizados os poderes federais, na extremidade oposta, sentido oeste, os poderes distritais. O cruzamento do eixo horizontal com o monumental ficou reservado para o comércio, cultura, bancos e autarquias. Ao longo desse eixo, denominado pelo urbanista como rodoviário, no sentido norte-sul estão localizadas as moradias.
Esta área residencial, composta por conjuntos de superquadras, com aproximadamente 240mx240m, abriga um número máximo de onze edifícios espalhados em uma ampla área verde. O número máximo de andares dos edifícios são seis, dispostos sobre pilotis que deixam o prédio distante do chão. Mais que um elemento arquitetônico qualquer dessas duas medidas adotadas nos edifícios residenciais, pretendia eliminar as fronteiras entre o espaço público e o espaço privado, uma idéia cara aos funcionalistas. Ao dotar todas as superquadras de um comércio local com os principais produtos e serviços necessários para o cotidiano, o urbanista pretendia, ainda construir espaços comunitários auto-suficientes aos moldes dos pequenos bairros ou cidades do interior.
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